Diversidade vs. Inclusão: O Que as Paralimpíadas Tem a Ver Com ESG?

Você já se perguntou por que as Paralimpíadas não recebem a mesma cobertura que as Olimpíadas, mesmo com o desempenho excepcional dos nossos atletas?

Durante as Olimpíadas, observamos canais de TV interrompendo suas programações para exibir eventos ao vivo, com uma cobertura extensa de cada modalidade. Mas por que, nas Paralimpíadas, a cobertura é tão reduzida, limitando-se a resumos em vez de transmitir os jogos e conquistas dos nossos atletas paralímpicos com a mesma dedicação? É curioso notar que o desempenho brasileiro nas Paralimpíadas é muito superior ao das Olimpíadas. Então, fica aqui minha provocação: por que a divulgação não reflete esse sucesso?

Deixo a resposta aberta para que você leitor(a) se questione e tire suas próprias conclusões a respeito.

Essa reflexão nos leva a um ponto crucial e mais profundo nas discussões sobre diversidade e inclusão. Muitas vezes, falamos sobre diversidade em termos de números e representatividade, como se simplesmente contratar ou promover mulheres, pessoas negras ou com deficiência fosse suficiente, mas a verdadeira inclusão vai além. Será que essas pessoas estão realmente incluídas nas dinâmicas do dia a dia? Será que essas pessoas estão ativamente engajadas em todas as áreas e decisões, ou estão apenas “presentes” em espaços que se encaixam em seus perfis?

Diversidade é ter um time diverso, com diferentes perfis. Inclusão é garantir que esses perfis estejam ativamente engajados em todas as atividades, que tenham voz e espaço em todas as áreas – não apenas nos eventos e espaços que “se encaixam” no seu perfil.

Voltando ao exemplo das transmissões esportivas: por que não vemos pessoas com deficiência apresentando eventos que não sejam relacionados apenas a esportes adaptados? Por que a mesma emissora que dedica horas de programação às Olimpíadas não faz o mesmo com as Paralimpíadas?

Esse é o verdadeiro teste de inclusão – ir além do discurso de diversidade e garantir que todos, independentemente de suas características, sejam parte integral das atividades e decisões.

E para organizações, especialmente aquelas com grande poder de alcance e influência, como as emissoras de TV, a responsabilidade é ainda maior. Elas estão em uma posição privilegiada, com capacidade de mudar narrativas e influenciar a percepção pública. Portanto, a inclusão deve ser uma prioridade real, não apenas um discurso. E isso também vale quando analisamos dinâmicas de poder no âmbito pessoal, sejam elas raciais ou de gênero.

É hora de refletirmos sobre o papel que cada um de nós, e especialmente as grandes organizações, desempenha na construção de uma sociedade verdadeiramente inclusiva. Diversidade é o primeiro passo, mas sem inclusão, não há progresso real.

E se ainda não ficou claro, esse texto não era só sobre as Paralimpíadas, ele também é sobre gênero, raça e ESG aplicados na prática.

O que você pode fazer para apoiar a inclusão em sua área de atuação? Compartilhe suas ideias e participe da discussão!

Publicado dia 13/09/2024

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